Opinião 09/11/2024 Marabá-Pa
Quem preencheu o palco dos blogs e páginas de Marabá desde ontem dia 08 foi o Senhor Noé Lima, aqui carinhosamente chamado de iuhu beleléu. Indignado com a falta de medicamentos e tratamento desumano com a classe de pacientes que dependem de medicamentos regulares cedidos através do Serviço de assistência especializada em HIV/AIDS e centro de testagem e aconselhamento em ISTs SAE/CTA, o mesmo adentrou as instalações do prédio com uma lata de tinta vermelha, daí em diante "foi sangue" pra todo lado, fato já amplamente divulgado.
Gritando palavras de protestos contra a má di-Gestão atual da saúde pública de Marabá Noé seguiu pelos corredores do prédio com um dilúvio de sangue deixando os servidores em pânico.
Não compartilho da ação do colega citado acima e nem busco justificativa para o mesmo mas, no entanto, quem em sã consciência no Município de Marabá já não teve vontade de armar um barraco diante de injustiças que são rotineiramente gritantes? Quem não passou o dia sentado doente ou com familiares doentes enquanto servidores assistiam televisão em salas frescas e confortáveis (fato já ocorrido no HMM)? quem não teve seu pedido de regulação amarrado por anos pra que parentes e amigos de políticos tomasse a vaga? Eu mesmo já estive na porta da UCE no HMM gritando e brigando pela vida de paciente.
A má gestão da saúde em Marabá levou O ABSURDO a ser o único meio de fazer o serviço público ser realizado em favor de quem não tem "peixada".
A altivez e má vontade de servidores em dá uma simples informação, o destrato com público, o desvio de medicamentos e serviços prioritários para uns e outros não, sim essas coisas se tornaram um agravante que já levou muitas pessoas darem socos em vitrines, chutes em portas, e até agredir o próximo, e sabemos que são atitudes passíveis de punição severas sim, mas que em face da morte iminente foi a saída de muitos parem poderem serem ouvidos e atendidos de forma digna nessa cidade.
O Senhor iuhu beleléu chamou atenção para um fato que talvez antes não estava sendo tratado com a devida dignidade e seu ato pode não ter efeito nenhum sob a gestão falida que pouco se importa com o próximo mas pode acalentar as pessoas que sofriam indignadas com a mesma situação.
A manifestação aconteceu um dia após as lideranças do movimento LGBT+ de Marabá o Sr. Vinícius Soares e Igo Silva realizaram visita ao SAE/CTA apurando a falta de medicamentos.
Gaspar Henrique
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